Rota do contrabando: PF mira organização que trazia pneus da China e Paraguai para MS
16/04/2025
(Foto: Reprodução) Esquema utilizava técnica conhecida como "bola de pneus" para aumentar a quantidade da mercadoria transportada. Oito centros automotivos são alvos da operação em Campo Grande. PF mira organização que trazia pneus da China e Paraguai para MS
A Polícia Federal e a Receita Federal cumprem, nesta quarta-feira (16), 17 mandados de busca e apreensão no âmbito das operações "Bad tires" e "Tatu bola", que investigam contrabando de pneus em Mato Grosso do Sul.
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Segundo a Receita Federal, os produtos ilegais são oriundos da China e entram no Brasil de forma clandestina, a partir da fronteira com o Paraguai.
No esquema, os investigados usam técnica conhecida como “bola de pneus”, inserindo pneus uns dentro dos outros para aumentar, em até cinco vezes, a quantidade transportada.
Os mandados são cumpridos em Campo Grande e em Bonito. Na capital, conforme a Polícia Federal, as buscas acontecem em 8 centros automotivos, além de residências.
Contrabando de pneus oriundos da China entram no Brasil a partir da fronteira com o Paraguai.
Divulgação/Polícia Federal
Rota do contrabando
Os pneus contrabandeados têm origem na China e são levados ao Paraguai, segundo a Receita Federal. A partir do país vizinho, a mercadoria entra de forma irregular no Brasil e é transportada para Campo Grande.
Na capital sul-mato-grossense, o produto ilegal é repassado para revendedores e comercializado.
Rota do contrabando de pneus clandestinos.
Reprodução/Receita Federal
Riscos
A técnica ‘bola de pneus’, conforme a Receita Federal, deforma e cria ondulações nos produtos que podem colocar em risco a segurança de motoristas e pedestres.
O órgão enfatiza, ainda, que a mercadoria clandestina pode trazer danos ao meio ambiente e à economia.
“Além da insegurança no trânsito, decorrente da má qualidade do produto, a entrada de pneus clandestinos em nosso território traz danos ao meio ambiente, tendo em vista o não cumprimento da legislação vigente, e à economia brasileira, por promoverem uma competição desleal com o produto nacional”, divulgou a Receita Federal.
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