Para enfrentar calor extremo de até 41,8ºC no Pantanal, gelo é misturado ao concreto da Ponte da Bioceânica

  • 16/01/2025
(Foto: Reprodução)
A estrutura é fundamental para viabilizar o Corretor Bioceânico, a megaestrada que liga a costa do oceano Atlântico, no Brasil, a do Pacífíco no Chile, cruzando ainda o Paraguai e a Argentina. Ponte da Bioceânica que liga Porto Murtinho, no Brasil, a Carmelo Peralta, no Paraguai Toninho Ruiz/Arquivo Pessoal A construção da Ponte da Bioceânica, ligando o Brasil, por Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, ao Paraguai, por Carmelo Peralta, atingiu nesta semana 65% de conclusão, segundo o Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC), do país vizinho. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp A estrutura construída entre o Pantanal sul-mato-grossense e o Chaco Paraguaio, é fundamental para viabilizar o Corretor Bioceânico, também chamado de Rota da Integração Latino Americana (RILA). O corredor é uma megaestrada que liga pelo modal rodoviário, a costa do oceano Atlântico, no Brasil, a do Pacífico no Chile, cruzando ainda o Paraguai e a Argentina. Segundo o MOPC, para enfrentar uma situação climática extrema na região, as altas temperaturas, está sendo utilizada uma inovação técnica, a incorporação de gelo na mistura do concreto utilizado na construção da ponte. Gelo está sendo misturado ao concreto na construção da Ponte da Bioceânica para enfrentar o calor extremo da região Toninho Ruiz/Arquivo Pessoal A técnica, conforme o ministério, assegura a correta hidratação e resistência ao concreto e evita o seu endurecimento prematuro, em razão da geração de calor no processo químico de hidratação do cimento, que é acelerado em altas temperaturas e pode provocar diversos problemas, como fissuras e retenção de umidade. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de 15 dias monitorados em 2025, em 10, Porto Murtinho registrou as temperaturas mais altas do país. Entre esses recordes, a menor temperatura foi no dia 11 de janeiro, 38,9ºC e a maior no dia anterior, 10, 41,8ºC. Veja mais no gráfico abaixo: A ponte está sendo construída por um consórcio binacional, com investimento de R$ 575,5 milhões da administração paraguaia da Itaipu. A estrutura tem uma extensão de 1.294 metros, dividida em três trechos: dois formarão os viadutos de acesso em ambos os lados, e um corresponderá à parte estaiada, com 632 metros sobre o rio Paraguai, incluindo um vão central de 350 metros. Os pilares, elementos centrais da ponte estaiada, alcançarão 130 metros de altura. A obra incorpora inovações em segurança e acessibilidade, incluindo faixas de rodagem de 3,60 metros, acostamentos de 3 metros, ciclovia e calçada para pedestres. Um elemento distintivo será o sistema de mastros, projetado como portais simbólicos entre os dois países. A ordem de serviço para a ponte foi emitida no dia 13 de dezembro de 2021 e a obra deve ser concluída em março de 2026, conforme o MOPC. Após o recesso de fim de ano, as obras foram retomadas no dia 9 de janeiro. Nesta etapa, conforme o ministério paraguaio, serão montados os chamados carro de avanço, estruturas temporárias utilizadas para suportar segmentos da ponte enquanto eles são adicionados sequencialmente para formar a estrutura. No lado paraguaio da construção, já foi iniciado também o processo de licitação para a pavimentação da licitação da estrada de 3,8 quilômetros para acessar a ponte. Já no front brasileiro, avança também a construção do acesso que ligará a BR-267 à ponte. Essa obra está orçada em R$ 427 milhões e vem sendo executada pelo Consórcio PDC Fronteira, com recursos do governo brasileiro, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além da alça de 13,1 quilômetros que ligará a rodovia à ponte, também está sendo construído o contorno rodoviário em Porto Murtinho e o centro aduaneiro, que fará o controle do acesso entre o Brasil e o Paraguai. A obra foi iniciada em 20 de setembro, e o prazo de conclusão é de 26 meses. O consórcio responsável já está realizando a limpeza na área de abrangência do acesso e o isolamento de toda a extensão do trecho. Vantagem competitiva do corredor A megaestrada, segundo estudos da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), pode encurtar em mais de 9,7 mil quilômetros a rota marítima das exportações brasileiras para a Ásia, via portos chilenos de Iquique, Antofagasta e Mejillones. Em uma viagem para a China, por exemplo, pode reduzir o tempo em 23%, cerca de 12 dias a menos. Rota Bioceânica passa pela Cordilheira dos Andes para ligar as costas do Brasil a do Chile Anderson Viegas/g1 MS Esse ganho logístico representa incremento de competitividade para os produtos sul-mato-grossenses e brasileiros. Além disso, a rota possibilita o incremento da comercialização entre os quatro países por onde passa: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, além de promover a integração cultural e o turismo. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

FONTE: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/rila/noticia/2025/01/16/para-enfrentar-calor-extremo-de-ate-418oc-no-pantanal-gelo-e-misturado-ao-concreto-da-ponte-da-bioceanica.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. Raridade

Anderson Freire

top2
2. Advogado Fiel

Bruna Karla

top3
3. Casa do pai

Aline Barros

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes