Armadilhas fotográficas flagram fogo chegando em área conservada no Pantanal de MS

  • 15/09/2024

Colocadas em campo para tentar encontrar os animais monitorados pela Organização Não Governamental (ONG) Onçafari, uma das câmeras ficou completamente carbonizada após ser atingida pelo incêndio. Armadilhas fotográficas flagram fogo chegando em área conservada no Pantanal de MS Imagens resgatadas de uma câmera completamente carbonizada pelo incêndio que atingiu a área de conservação da Estância Caiman, no Pantanal de Miranda (MS), mostram o momento em que o fogo mudou completamente o cenário do santuário das onças do bioma. Veja o vídeo acima. Conforme explica a bióloga Natália Cará, as "armadilhas fotográficas" são câmeras instaladas em campo para monitoramento dos animais na região. "Quando o fogo chegou, a gente teve que sair correndo para tentar tirar elas de campo a tempo. A gente conseguiu salvar a maioria das câmeras, mas três delas estavam numa área em que o fogo chegou muito de repente e elas derreteram", contou a também guia do Onçafari. Fogo derreteu câmera de monitoramento de animais silvestres Redes sociais No vídeo publicado na rede social da ONG, neste fim de semana, a bióloga explica que conseguiu resgatar de duas o cartão de memória. No vídeo acima, é possível ver alguns animais passando pelo local no dia 1 de agosto e, no dia seguinte, uma das câmeras mostram a área completamente tomada pelo incêndio. "É impressionante ver a rapidez que esse fogo veio. Foi questão de três minutos entre o fogo aparecer lá atrás do vídeo e chegar até a câmera", narra a especialista. Além da imagem impressionante, as câmeras também mostram a temperatura do ambiente. No dia 1 de agosto, o painel marcava cerca de 34ºC, temperatura comum para a área pantaneira de Mato Grosso do Sul. Porém, assim que as queimadas começaram, o número subiu para 43ºC. Uma das câmeras parou de gravar quando o fogo se aproximou, mas continuou mostrando a temperatura, que atingiu 73ºC. Câmera atingida pelo fogo do Pantanal de MS registrou 73ºC Redes sociais Com a diminuição do fogo, os profissionais voltaram a espalhar as armadilhas pelo campo para poder saber se algum animal precisa de ajuda. Com isso, nas redes sociais, a ONG fez um apelo a população e pediu doações para custear os serviços veterinários aos animais silvestres. Para saber como realizar a doação, clique aqui. Fogo no Pantanal Céu mudou de cor após incêndios no Pantanal Divulgação/Bombeiros Nos primeiros 10 dias de setembro, o Pantanal registrou 736 focos de incêndios. O número é quase o dobro do total registrado no mesmo mês do ano passado, quando o bioma teve 373 focos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No recorte que considera apenas os 10 primeiros dias do mês, são 736 focos em 2024, contra 85 em 2023. Cerca de 40% das cidades de MS estão com focos de incêndio Fogo por todas as regiões Áreas de Mata Atlântica, Cerrado e do Pantanal estão em chamas em Mato Grosso do Sul. Equipes do Corpo de Bombeiros Militares (CBMMS) atuam em diversas frentes pelo estado. Veja abaixo quais são as frentes de atuação mais recentes: Região de Paiaguás: É realizado o combate aos focos que estão localizados próximo à divisa com estado do Mato Grosso, às margens do Rio Piquiri; Regiões do Paraguai Mirim - Corumbá: No dia 10, os militares foram deslocados para realizar o combate aos focos que ameaçavam a comunidade e até então permanecem no local; Regiões do Nabileque - Corumbá: Foram plotados focos na área. A sala de situação empenhou militares para atuar no combate e extinção do fogo; Região do Porto Índio - Corumbá: Os militares se mantêm no enfrentamento do fogo há seis dias, atuando de forma ininterrupta para evitar que o fogo avance para a fronteira com a Bolívia; Região de Miranda: Foi realizado o uso de água na região com o KC-390. As três frentes - microrregião do Salobra, Betione e Retiro Chora - contam com combatentes, e a prioridade é proteger os moradores ribeirinhos; Região de Aquidauana: As equipes se encontram em combate próximo à MS-170, para evitar que o fogo se alastre pela vegetação da região; Região de Costa Rica: Com dois focos ativos distintos na região, as guarnições se mantêm em combate, em área de difícil acesso devido aos focos estarem em região de serra; Região de São Gabriel do Oeste: O combate na cidade continua objetivando o extermínio total dos focos ativos na região; Região de Porto Murtinho: Com ações estratégicas de combate os bombeiros se mantêm atuando na área, contendo os focos e evitando assim sua propagação; Região do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema - Naviraí: Estão sendo realizadas ações de combate na região desde o dia 05 do corrente mês. A aeronave Air Tractor do CBMMS está no local dando apoio aos militares em solo. Outros pontos que estão apenas em monitoramento: Regiões de Aparecida do Taboado, Água Clara, Estrada Parque - Corumbá e Chapadão do Sul. Pantanal sofre mais uma vez com seca severa a incêndios devastadores Ueslei Marcelino/Reuters No Pantanal, quase 3 milhões de hectares no Pantanal foram destruídos pelas chamas. Nos primeiros 10 dias de setembro, 736 focos de incêndios foram registrados, o dobro de setembro inteiro do ano passado (373 focos), segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ). Os incêndios na Bolívia estão mais intensos desde o começo deste mês. Brigadistas brasileiros estão na Bolívia em combate ao fogo para impedir o avanço para a formação rochosa. Considerado santuário da biodiversidade no Pantanal e Patrimônio Natural da Humanidade, a Serra do Amolar corre risco de ser atingida pelas chamas que se alastram pela Bolívia. Para evitar a destruição, brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), estão no país vizinho em combate. Segundo o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), a linha de fogo que ameaça a Serra do Amolar e os Guatós tem cerca de 60 quilômetros de extensão. A chefe de planejamento de operações do Ibama no Pantanal, Thainan Bornato, explica que a ida dos brigadistas brasileiros à Bolívia é uma ação para proteção do território do Brasil, em específico à área da comunidade indígena Guató". Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

FONTE: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2024/09/15/armadilhas-fotograficas-flagram-fogo-chegando-em-area-conservada-no-pantanal-de-ms-questao-de-3-minutos.ghtml


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